Sinto-me muito desconfortável quando vejo ou penso em alguma coisa ameaçadora, suja ou estranha e preciso fazer algo para me proteger ou proteger aos outros disso.
O TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, é um transtorno muito comum, afetando pelo menos 3% das pessoas, e também é frequentemente comentado pela mídia. O cantor Roberto Carlos já falou sobre seu convívio com o transtorno, e há vários filmes sobre o assunto. Na prática, ele se caracteriza pela presença de pensamentos invasivos e frequentes, muito desagradáveis, e pela necessidade de fazer alguma ação específica para tentar controlá-los. O ciclo de combate a esses pensamentos pode tomar tanto tempo e energia que atrapalha outras atividades da vida da pessoa, como trabalho, relacionamentos e diversão.
Além do TOC "puro", pessoas que sofrem com ansiedade, depressão e outros transtornos também podem apresentar Sintomas Obsessivos Compulsivos (SOCs), que são pensamentos invasivos e frequentes que geram muita angústia e frequentemente demandam alguma tentativa de controle e que, apesar de impactarem negativamente a qualidade de vida da pessoa, não chegam a inviabilizar as tarefas cotidianas dela.
O tratamento para o TOC envolve diferentes estratégias e frequentemente a associação ao tratamento medicamentoso, com um psiquiatra, é a que dá os melhores resultados. Na psicoterapia, o trabalho vai no sentido de descobrirmos quais são os gatilhos e os contextos mais frequentes para o aparecimento dos pensamentos invasivos, na aprendizagem de técnicas para lidar com a ansiedade gerada pelos pensamentos invasivos sem controlá-los ou desempenhar outras ações que possam deixá-los ainda mais fortes e em como recuperar a qualidade de vida enquanto tratamos os sintomas.